quarta-feira, 13 de abril de 2011

Sabe aqueles dias...

Sabe aqueles dias em que tudo que a gente quer é fugir?
Sumir no mundo, encolher-se num canto, abraçando as próprias pernas até todas as nuvens cinzas que pairam sobre a cabeça se dissiparem... (Se bem que as vezes tenho a impressão que a tempestade não vai mais passar.)
Paro, olho pra trás, sinto falta... profunda saudade.
Dos dias de sol, dos dias de alegria, dos dias bons... parece que faz tanto tempo.
Saudade de você... da tua presença constante, da tua voz nas madrugadas... fazendo declarações ou simplesmente conversando bobagem.
Saudade do teu cheiro impregnado na minha pele, saudade do teu suor misturado ao meu, até do beijo bem demorado... por onde você anda que não vem ocupar o seu lugar?
Tenho saudade de muitas coisas... de lugares, de momentos... mas a saudade maior é de mim mesma...
Da minha alegria, do meu sorriso constante no risto, da minha euforia, da minha vontade de gritar pra o mundo todo a minha felicidade... nem sei mais que sabor isso tem.
Pior é não saber quando as nuvens cinzas chegaram... como tudo ficou assim, em que canto minha felicidade se perdeu... e será que ela volta? Essa espera, essa incerteza é que me mata, mas ainda é melhor que a definição do fim... a incerteza traz a esperança.

Um problema atrai o outro, quando algo está errado, tudo dá errado...
Estou em lugares que não me cabem, em gaiolas que me sufocam... eu estou cansada. Quase desistindo disso aqui... da minha permanência aqui... Não é fácil trabalhar numa Torre de Babel, onde parece que você não fala a mesma língua do outro... e nem existe tecla SAP.
São problemas para os quais eu não encontro soluções... procuro, procuro, mas a luz que vejo no fim do túnel aos poucos vai se transformando num trem, prestes a me atropelar, sem que nada reste de mim.

Nunca havia sentido isso... essa vontade louca de chorar, chorar mesmo, de soluçar e simplesmente não conseguir, como uma trava que me impede de me livrar de tudo o que está me fazendo mal...
Até quando vou ter que esperar? Quando tudo isso vai virar passado? Quando vou popder sorrir de novo? Sorriso de corpo inteiro?

Enquanto não passa, eu PRECISO ver o mar... urgente! Admirar sua imensidão, a grandeza de Deus...

Ah, e nem me venha falar dos seus problemas, de como eles são infinitamente maiores que os meus, pois cada um sabe onde lhe dói, cada um sabe onde o sapato aperta e o quanto é capaz de suportar...


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