segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Vai passar...
Olhe, não fique assim não, vai passar.
Eu sei que dói. É horrível. Eu sei que parece que você não vai agüentar, mas agüenta.
Sei que parece que vai explodir, mas não explode. Sei que dá vontade de abrir um zíper nas costas e sair do corpo porque dentro da gente, nesse momento, não é um bom lugar para se estar.
Dor é assim mesmo, arde, depois passa. Que bom. Aliás, a vida é assim: arde, depois passa. Que pena. A gente acha que não vai agüentar, mas agüenta: as dores da vida. Pense assim: agora tá insuportável, agora você queria abrir o zíper, sair do corpo, encarnar numa samambaia, virar um paralelepípedo ou qualquer coisa inanimada, anestesiada, silenciosa.
Mas agora já passou. Agora já é dez segundos depois da frase passada. Sua dor já é dez segundos menor do que duas linhas atrás. Você acha que não porque esperar a dor passar é como olhar um transatlântico no horizonte estando na praia. Ele parece parado, mas aí você desvia o olho, toma um picolé, lê uma revista, dá um pulo no mar e quando vai ver o barco já tá lá longe. A sua dor agora, essa fogueira na sua barriga, essa sensação de que pegaram sua traquéia e seu estômago e torceram como uma toalha molhada, isso tudo – é difícil de acreditar, eu sei – vai virar só uma memória, um pequeno ponto negro diluído num imenso mar de memórias. Levante-se daí, vá tomar um picolé, ler uma revista, dar um pulo no mar. Quando você for ver, passou. Agora não dá mesmo pra ser feliz. É impossível. Mas quem disse que a gente deve ser feliz sempre? Isso é bobagem. “É melhor viver do que ser feliz”.
Porque pra viver de verdade a gente tem que quebrar a cara. Tem que tentar e não conseguir. Achar que vai dar e ver que não deu. Querer muito e não alcançar. Ter e perder. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir uma coisa terrível, que tem que ser ouvida.Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir uma coisa terrível, que tem que ser ouvida. A vida é incontornável. A gente perde, leva porrada, é passado pra trás, cai.
Dói, ai, doi demaais. Mas passa. Está vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto agulha? Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. Juro que estou falando a verdade. Eu não minto. Vai passar.
P.S.: Às minhas amigas virtuais, peço perdão pela ausência. Às q mandaram presentinhos virtuais, às q comentaram`, às q sentiram minha falta. É q as coisas não andam dando muito certo pra mim... por fim, meu sorriso foi embora, meu porto, meu abrigo, resolveu voar, partir, quis liberdade! E eu to aki, juntando os caquinhos do coração, tentando recomeçar! Me perdoem a ausência.
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Caio F. Abreu,
Dias ruins
1 mergulho (s) em mim:
Aiii Kitéria, tb estou vivendo uma dor... estou juntando os caquinhos do meu coração para no futuro ter de entregá-lo a outra pessoa que terá 100% de poder para quebrá-lo de novo....
Mas a tristeza e a dor passam....
Como vento...
bjs
http://devaneiosfugazes.blogspot.com/
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